sábado, 9 de janeiro de 2010

Review de Álbum: Koda Kumi - Trick


Trick, o sétimo álbum de Koda Kumi, foi lançado em Janeiro do ano passado.

Com fortes influências do pop tradicional, r&b, hip-hop e eletropop e baladas açucaradas, que são apanágios de Koda, é um album bem diversificado, tentando abarcar vários estilos musicais com sucesso.

A produção foi muito bem feita, soube dosar esses diferentes estilos sem se perder ou não dar uma identidade clara ao CD, como aconteceu no álbum anterior, Kingdom.

O CD começa com a faixa introdutória Introduction For Trick (faixas introdutórias são caracteristicas marcantes nos álbuns de Koda), um batidão estilo r&b realmente empolgante, que se interliga bem com Taboo, um eletropop muito competente e bem feito, ao meu ver, o melhor single de 2008. a música é inovadora por antecipar a tendência atual e anunciando o eclipse do perdominio do R&B no pop. Continuando a espiral dançante, Show Girl, música inspirada no estilo cabaré dos anos 30, mas com uma pitada mais pop, lembrando muito Hanky Panky de Madonna.

Começando com suas tradicionais baladas, Your Love, uma musica doce e cálida, e Stay With Me, forte, com vocais firmes e bastante emotiva e bem interpretada, demonstrando uma firmeza sentimental, são bons exemplares das musicas românticas de Koda, campo em qual ela costuma se destacar. Se não se aproximam de musicas como Yume no Uta ou Pearl Moon, ao menos são bastante boas para estar acima da média da maioria das baladas lançadas por outras cantoras dentro e fora do Japão.

Voltando ao estilo dançante em grande estilo com This Is Not a Love Song, uma musica de caráter ambíguo, ao mesmo tempo dançante e sombria, passa a impressão de uma alma conturbada com o fel da desilusão e inebriada de sentimentos de raiva por outra pessoa e de autoquestionamento, é ao meu ver, o ponto alto de Trick.

Driving, Hurry Up, Bling Bling Bling, batidões r&b, lembram bastante as musicas de Janet Jackson, são bem feitas e empolgantes, principalmente Bling Bling Bling, mas não são inovadoras, apenas seguem a tendência de um estilo que esá chegando ao fim de sua proeminência absoluta que teve nos ultimos 5 anos.

That Ain´t Cool, cantada em parceria com Fergie, é uma boa música pop, onde Koda faz o papel de coadjuvante, e Fergie brilha nos principais trechos. Penso que Koda tinha potencial para, no mínimo, dividir o brilho com Fergie. Quem ouve a música e não conhece Koda, dificilmente terá uma boa referência de suas capacidades vocais através desse trabalho. Certamente tiraram a proeminência de Koda por seu péssimo inglês. Para esconder sua pronúncia, usou-se em sua voz diversos recursos eletrônicos, que poderiam ser desnecessarios se ela cantasse em japonês.

Moon Crying é uma bela balada de Koda, que, mais uma vez competente ao demonstrar grande e pungente dor e emoção na música, vocalmente, uma das melhores dela.

A sessão das músicas com "bonitinhas" com mensagem positiva e alegre tem sua representação com Just The Way You Are e Joyful, bem parecidas com Koi no Tsubomi e Lick Me, embora inferior às citadas, são boas músicas e bem divertidas.

Ai no Kotoba é bonita e possui ótimos vocais, é uma balada bastante doce e terna, porém, imperceptivel dentro do contexto do album, parece que foi colocada lá apenas para preencher espaço, a única que destoa do contexto. Boa ouvindo individualmente, mas quando se ouve dentro do escopo do trabalho desenvolvido, não se destaca ou tem vida própria.

E para finalizar, Venus, cover da famosa música do Bananarama, um grupo dos anos 80, ficou bem desprentensiosa, cômica (por causa da péssima pronúncia do inglês de Koda) e vibrante. Um dos melhores coveres de Venus, bem melhor do que o que Victoria Beckham fez, por exemplo.

Um belo exemplar do J-Pop, esse álbum certamente é um dos melhores de Koda Kumi, revitalizando sua música, que vinha sendo repetitiva e decaindo em qualidade desde Black Cherry. Certamente esse trabalho é um divisor de águas pra Koda, apontando para o futuro sem esquecer suas essências que constituiram sua fama e seu nome. A produção foi mais esmerada que seus dois álbuns anteriorees e diversificou o estilo musical de seu trabalho, sem abrir mão de suas prerrogativas principais, a saber, o r&b e as baladas adocicadas.


MELHORES FAIXAS:

Taboo, This Is Not a Love Song, Stay With Me, Inroduction For Trick

PIORES FAIXAS:

Hurry Up

NOTA: 8,5

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